Empresas que desejam se manter competitivas no mercado não devem ter medo de fazer mudanças em relação aos processos. Seja modificando um fluxo por sua ineficiência ou realizando alterações maiores, como formato de administração do negócio. A verticalização, foco deste conteúdo, é um exemplo disso. Seu objetivo é reunir todas as demandas dentro da organização, não deixando espaço para a terceirização, como ocorre na gestão de facilities.
Mas até que ponto essa área da companhia precisa estar adaptada ao modelo de verticalização? Essa prática pode trazer mais problemas ou soluções? Leia o texto abaixo e entenda o assunto em detalhes. Assim, você poderá compreender o que realmente faz sentido na sua realidade. Acompanhe!
Entenda o que é a verticalização e como ela impacta a gestão de facilities
A preocupação com a entrega ao consumidor final deve ser constante em qualquer empresa. Logo, atentar-se à credibilidade dos fornecedores em que se compra matéria-prima ou até aqueles que enviam os produtos é fundamental. Quando se trabalha com a metodologia da verticalização, esse controle de qualidade pode ser realizado facilmente.
Isso porque, em contraste à horizontalização, que terceiriza boa parte dos serviços da companhia, ela centraliza a cadeia de produção. Então, todas as etapas necessárias para construção da mercadoria ou do serviço acontecem internamente.
Para você entender melhor, traremos o exemplo da Faber-Castell. Já em 2004, quando esse formato teve seu auge, a organização deixou de comprar madeira com outros negócios e adquiriu sua própria plantação. Diferente de supermercados, que trabalham com artigos de diversos lugares.
Mas como a verticalização impacta a gestão de facilities? A resposta é simples: como a ideia é concentrar todas as demandas do negócio em um só lugar, as atividades-meio também seriam internas. Assim, a empresa deve se encarregar de criar seu próprio setor de facilities, com gestores e colaboradores que se enquadram em todas as áreas. Desde a limpeza e higienização até telecomunicações, manutenção predial, climatização e sistemas críticos de energia, por exemplo.
Essa não é uma tarefa fácil, visto que é preciso encontrar profissionais especialistas em cada uma dessas ocupações. Sem contar que deve-se arcar com os custos de contratação e desenvolvimento de cada funcionário.
Conheça as vantagens e desvantagens da verticalização
Agora que você já sabe o que é a verticalização, chegou a hora de entender seus pontos positivos e negativos. Por consequência, fica mais fácil entender se essa metodologia faz sentido para o seu negócio.
Entre as vantagens estão um melhor monitoramento de toda a logística de suprimentos e a facilidade do controle de estoque. Além disso, podemos citar o crescimento do catálogo de vendas, maior independência em relação a terceiros e a autonomia como um todo.
Porém ela também traz uma série de malefícios e, por isso, acabou se tornando obsoleta nos últimos anos. É necessário um alto investimento inicial para abranger a produção e os custos com erros ou gastos recorrentes são uma realidade que prejudica as finanças. Ainda, vê-se a obrigação de aumentar o número de colaboradores para que consigam resolver todas as novas demandas.
Por fim, um dos pontos principais: a diminuição da qualidade do produto. Como a sua equipe será encarregada de cada procedimento, dificilmente você terá todos os setores especializados. Sem contar que é essencial gerir cada um deles de forma impecável. E, se um desses pontos não funciona, as mercadorias não ficam com o nível esperado.
Saiba por que adotar a gestão de facilities em qualquer modelo de gestão organizacional
Tanto a verticalização como a horizontalização possuem lados bons e ruins. Porém a primeira acabou perdendo espaço para a segunda, principalmente depois da pandemia. Ainda em 2019, 22% dos trabalhadores brasileiros atuavam no mercado formal como terceirizados.
E, depois do surgimento do novo coronavírus, tornou-se mais popular. Não é à toa que foi um dos poucos setores que cresceu nesse período e movimentou cerca de R$ 43 bilhões.
Mas por que adotar a gestão de facilities, inclusive nos casos de verticalização, é eficiente? Em suma, porque mesmo se a sua empresa optar por centralizar os serviços, o ideal é que essa mudança aconteça nas atividades-fim do negócio. Ou seja, aquelas que fazem parte do core business e impactam diretamente a entrega ao consumidor final.
Diferente das demandas que devem ser resolvidas para manter a produtividade e os lucros do negócio, mas não estão diretamente ligadas à mercadoria. Manutenção preventiva de maquinário e limpeza interna, por exemplo, são algumas delas.
Dessa forma, não se gasta tempo e dinheiro tentando contemplar tarefas que podem ser terceirizadas sem perder a qualidade. Logo, o foco de todos os colaboradores está em atingir as metas estabelecidas e garantir o crescimento da companhia. Ainda, é uma maneira de diminuir custos e burocracia de encargos trabalhistas, já que precisará de menos contratações.
Além de mais estratégica, essa alternativa já é uma tendência consolidada no país. Então, que tal aproveitar esse momento para ler o nosso guia completo de gestão de facilities para pequenas e médias empresas? Com certeza, você entenderá o assunto em detalhes e poderá tomar uma decisão assertiva. Confira!